quarta-feira, 11 de março de 2009

Prémio "Organizem-se!!!" (Perguntamos novamente: onde anda a Directora-Regional da Saúde, com os seus sapatos vermelhos?)

Tuberculose : Rastreio demorado na Terceira
11 Março 2009 [Regional]

Mais de dois meses depois do internamento da professora da Escola Básica e Integrada dos Biscoitos a quem foi diagnosticada tuberculose, o estabelecimento de ensino foi sexta-feira finalmente palco de um rastreio à doença.
“Esta primeira fase destina-se ao pessoal docente e não docente e às turmas do 6.º B e PROFIJ II E, pelo que deverão trazer o seu boletim de vacinas”, lê-se numa circular interna a que DI teve acesso, datada de 4 de Março.
Contactado por DI, o presidente do conselho executivo do estabelecimento de ensino confirmou a realização do rastreio, sublinhando no entanto que a responsabilidade da iniciativa é dos centros de saúde de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória.
“Os senhores comunicaram-nos que viriam fazer o rastreio no dia 6 e assim aconteceu. Hoje (ontem), dia 9, vieram informar-nos dos resultados, que revelaram que não há qualquer problema”, afirmou Luís Filipe Miranda.
Questionado por DI sobre a demora de mais de dois meses, o delegado de Saúde da Praia da Vitória garantiu que a acção teve lugar em “tempo útil”.
“Depois de ser detectado um caso de tuberculose, o rastreio pode ser realizado em qualquer altura, dentro de um prazo de três meses”, disse Carlos Lima, acrescentando que a acção teve lugar “quando houve hipótese”.
Segundo o responsável, “passado um mês ou dois, até é possível ver melhor a resposta imunitária do que se o rastreio for feito de um dia para o outro”.
Carlos Lima lembrou, no entanto, que o caso é da responsabilidade da delegação de Saúde de Angra, concelho onde a professora reside, sendo que à delegação de Saúde da Praia apenas foi pedida uma “colaboração”.

Também fonte da secretaria regional da Saúde referiu ao DI que a data da realização do rastreio foi uma “decisão clínica” da responsabilidade do delegado de Saúde de Angra.

Adiantou igualmente que continuam a decorrer as diligências no sentido de apurar se foram ou não cumpridos os requisitos exigidos pela legislação em situações desta natureza, nomeadamente no que diz respeito às notificações.
Acrescentou ainda que foi já emitida uma circular no sentido de “reforçar os circuitos de comunicação das doenças de comunicação obrigatória”.
Recorde-se que a Escola Básica e Integrada dos Biscoitos não foi informada oficialmente do caso.
DI tentou, sem sucesso, ouvir o delegado de Saúde de Angra sobre esta matéria.
Autor: DI/CA

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