sexta-feira, 20 de março de 2009

Prémio "Sabem aquela do caçador que foi caçar ursos para o Alasca?" (Muito se assobia para o lado, no Solar dos Remédios!!!)

Edição de sexta-feira, 20 de Março de 2009
Edição impressa - Açoriano Oriental

Centro “entope” por falta de médicos

Utentes queixam-se do atendimento no Centro de Saúde da Ribeira Grande. A directora clínica alega que o corpo clínico existente é insuficiente para fazer face às necessidades. Um reforço em termos de médicos seria considerado um “bom passo” para realizar todas as tarefas que são impostas

Utentes do Centro de Saúde da Ribeira Grande (CSRG) queixam-se do atendimento e de procedimentos clínicos, de forma particular no Serviço de Atendimento Urgente.
Acresce que a taxa de transferência de pacientes para o Hospital de Ponta Delgada continua a ser em valores consideráveis, dependendo dos clínicos que se encontram ao serviço.A directora Clínica do CSRG queixa-se de que existe uma “grande afluência” de utentes logo pela manhã, sendo “impossível atender toda a gente ao mesmo tempo”. “Há pessoas que vão para ser atendidas para consultas que afirmam ser urgentes mas não são e que acabam por ter que esperar porque aparecem situações urgentes ou emergentes”, clarifica Rosa Lourenço.
Simultaneamente surgem situações de pacientes em ambulância que terão de ser avaliadas pelo corpo clínico para apurar se devem ou não ser alvo de atendimento prioritário.
Por outro lado, existem 56 camas ocupadas na Enfermaria, havendo dias em que os casos são de “rápida resolução” mas que em outros as situações se “agudizam”.
Rosa Lourenço refere que só existem dois médicos no Serviço de Atendimento Permanente. Basta um ir à Enfermaria para que o outro fique só.
Há “grandes lacunas” no CSRG em termos de corpo clínico, uma vez que este “quase que fornece o serviço de uma unidade básica hospitalar”.
No entanto só dispõe de Medicina Geral e Familiar: “não se pode exigir ao CSRG o que se exige a um hospital”.
“O médico faz aquilo que pode com os conhecimentos que adquiriu ao longo dos anos na faculdade e na prática clínica para dar o máximo de resposta possível. Com poucos elementos para tanta gente é impossível dar uma resposta rápida”, declara.
Actualmente o CSRG possui 10 médicos de Medicina Geral e Familiar, um contratado, mais um médico de Medicina Geral e três internos.
Aquela infra-estrutura já teve 18 médicos de clínica geral e 5 chefes de serviços. Rosa Lourenço refere que se o corpo clínico não tivesse o “desgaste” que tem no Serviço de Atendimento Permanente, que funciona 24 horas, haveria mais tempo para a prevenção.
Havendo mais prevenção, não haveria tanta necessidade de recorrer ao Serviço de Atendimento Permanente.
“Com mais médicos teríamos mais prevenção e talvez menos médicos a praticar medicina curativa. Neste momento somos os mesmos para fazer tudo”, desabafa.
Seria um “bom passo” para prestar um serviço de maior qualidade, assistir-se a um reforço do efectivo clínico.||

JOão alberto medeiros

PS: A propósito do titulo deste Post:

Um caçador foi caçar ursos no Alasca. Depois de vários dias à espreita, avistou um urso grande, apontou e abateu o animal. Estava a pular de alegria, quando sentiu uma pancadinha no ombro. Era um urso maior ainda, abanando a cabeça em sinal de desaprovação:

- Não devias ter feito isso... Mataste um dos meus semelhantes e agora vais ter de pagar. Preferes morrer ou ser sodomizado?
Perante as circunstancias, o caçador escolheu a segunda alternativa, entregando-se ao animal. Sobreviveu, mas jurou vingança.

Um ano depois, voltou ao Alasca, disposto a matar o urso que o sodomizou. Avistou-o, apontou e abateu-o com um único tiro.
Sentiu de novo uma pancadinha nas costas. Era outro urso, muito maior do que o que ele tinha morto.

- Mataste um dos meus semelhantes e vais ter de pagar. Preferes morrer ou ser sodomizado?
O caçador nem queria acreditar naquilo! A cena repetia-se! Jurou vingança, entregou-se ao animal monstruoso.

No ano seguinte, sedento duma desforra, voltou ao Alasca. Avistou o gigantesco urso, apontou e abateu o animal com um tiro certeiro, e sentiu outra pancadinha nas costas. Era um urso descomunal, enorme, muito maior que todos os outros, e disse-lhe:

- Diz-me a verdade, tu não vens aqui para caçar, pois não?

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