terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Prémio "Isto é um tal malhar no Solar dos Remédios!!!" (Miguel Correia e a Sofia Duarte: Vocês não são pagos para passearem pelas ilhas!)

Açoriano Oriental, Edição de terça-feira, 24 de Fevereiro de 2009

300 camas de cuidados continuados até 2012

A nova coordenadora da Rede Regional de Cuidados Continuados e Paliativos quer que a Região disponha, até 2012, de 300 camas integradas em rede e que cada concelho possua, pelo menos, uma equipa de cuidados continuados e uma acção de cuidados paliativos. E não poupa críticas à “falta de articulação” entre cuidados médicos e de enfermagem, no actual quadro. “Na Região temos um capital - as instalações do Serviço Regional de Saúde - que não está a ser optimizado a 100%, que precisa de ser reestruturado do ponto de vista físico e de procedimentos”, disse ao AO Margarida Moura no dia em que foi publicitada a sua nomeação.(...) A médica do Hospital do Divino Espírito Santo vai mais longe e defende que deve ser o Serviço Regional de Saúde a providenciar estas estruturas, quer através de instalações próprias (reformulando o internamento dos centros de saúde) quer através da celebração de protocolos com entidades que já estão no terreno, como as Misericórdias ou outras instituições particulares de solidariedade social.
“O grande desafio que temos pela frente é dotar todas as ilhas destes serviços”, adianta Margarida Moura, sendo que “Ponta Delgada e Lagoa são, neste momento, os dois concelhos mais carenciados” porque são também “os mais populosos”.
Ao nível dos recursos humanos, Margarida Moura diz que “há limitações” mas “é sempre possível fazer-se mais”, e lembra que entre 2005 e 2006 foi disponibilizada formação em cuidados continuados a cerca de seis dezenas de profissionais. (...) Além do alargamento do número de camas para apoio aos cuidados continuados, a nova coordenadora defende uma vigilância apertada, “com grelhas e padrões de auditoria”, por forma a salvaguardar a qualidade desses cuidados.

Carmo Rodeia

Correio dos Açores, 19 Fevereiro 2009 [Regional]

Nos Açores : Médicos de saúde pública “por um canudo”


Nos Açores há apenas oito médicos de Saúde Pública, em cinco das nove ilhas, uma especialidade pouco conhecida pelos jovens médicos, alertam os clínicos, argumentando que a saúde pública na região "está em risco".
O médico de saúde pública Mário Freitas adiantou à agência Lusa que apenas as ilhas de São Miguel (3), Terceira (2), Faial (1), São Jorge (1) e Flores (1) dispõem de médicos desta especialidade, mas apenas dois deles têm menos de 55 anos. "Daqui a poucos anos estes profissionais vão reformar-se, sem que ocorra a renovação dos clínicos no activo, pondo em risco a saúde pública na região", afirmou Mário Freitas (...). Actualmente nos Açores há apenas dois jovens a fazer internato em Saúde Pública (com duração de quatro anos), revelou Mário Freitas, que acusa a tutela de ter pouca sensibilidade para a importância da especialidade. "Há um interno de Saúde Pública em São Jorge, que pediu transferência para a Lagoa, em São Miguel, mas o processo tem-se arrastado. Já temos poucos médicos de saúde pública e corremos o risco de perder mais um interno, que já está a ponderar ir terminar estágio para o Continente", indicou. (...)
"Saúde pública e medicina familiar não são a mesma coisa. São especialidades com características e tempos de formação diferentes", frisou Mário Freitas, que não compreende o facto de o Governo açoriano considerar a medicina interna e familiar especialidades "especialmente carenciadas" e não incluir no grupo a saúde pública.
"Fico com a sensação que o papel da Saúde Pública não é entendido na região", disse o delegado de saúde da Lagoa.

Correio dos Açores, 15 Fevereiro 2009 [Reportagem]

Consumo de ansiolíticos e antidepressivos com tendência para aumentar : Sem psiquiatras e com mais depressões suicídios podem disparar nos Açores

O Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, o maior da Região, possui actualmente apenas quatro médicos psiquiatras, sendo que, em tempos ainda não muito longínquos, eram sete os especialistas na área. Fora a falha destes meios humanos, a Região está ainda defraudada no que diz respeito à não existência de um único médico pedopsiquiatra a exercer nestas ilhas e à ausência de camas, na maior unidade de saúde açoriana, que permitam o internamento de doentes do foro psiquiátrico. Quem necessita deste tipo de acompanhamento sujeita-se a esperar nas demoradas filas do hospital por um atendimento que, muitas vezes acaba por não ser o mais adequado à sua situação ou idade, uma vez que, as crianças e os jovens até aos 18 anos acabam por ser seguidas por “médicos de adultos” ou então, muitas vezes, nem o são, tamanho é o tabu que continua a existir à volta deste tipo de enfermidade.
Para o Director do Serviço de Psiquiatria do HDES, os Açores estão mesmo a milhares de quilómetros de distância do que deveria ser a política de Saúde Mental regional ou nacional. A incidência das doenças mentais graves - que interferem com o juízo – continua a ser, transculturalmente, semelhante ao que era. Mas as que vão aumentar, seguramente, são as doenças depressivas e, com elas, a ideia do suicídio”, refere José Carlos Alves. (...) O que faria algum sentido, face a este panorama e na opinião do Director do Serviço de Psiquiatria do Hospital do Divino Espírito Santo, era que na nossa Região esta questão fosse pensada, de uma vez por todas, tendo em conta que a Saúde Mental não começa quando alguém toma antidepressivos, mas envolve, sim, um panorama transgeracional.
“O primeiro passo passaria por termos uma saúde materno-infantil capaz, mesmo apesar dos melhoramentos que tem vindo a registar nos últimos anos e, em consequência, possuímos, na Região, pedopsiquiatras, uma vez que hoje, não possuímos qualquer médico que acompanhe crianças com problemas psicológicos”, refere José Carlos Alves, que define a situação como “inacreditável, por tratar-se de um problema gravíssimo. (...)
O médico, na continuação do traçar do panorama da psiquiatria nos Açores acrescenta ainda na sua apreciação que “não existe um único espaço com empregos protegidos ou onde pessoas necessitadas de apoio psíquico possam viver. Logo, a solução passa pela estadia, toda a vida, em casa dos pais ou de outros familiares e, quando estes falham, ficam à nora. E, também nesta área, não há quem se interesse”. (...)

Autor: Ana Coelho

2 comentários:

Pursenide Jr disse...

Boa tarde!

Há tanto por onde «malhar» no Solar, que mesmo um tiro no escuro,acerta de certeza!!!

Acho que o desacerto não é só no Solar, porque atinge a toda a extensão de Angra!

Com a autarquia de Angra, a distribuir gratuitamento a vacina do HPV, esta não será também cúmplice se houver reacções adversas?!????

Proponho o prémio:

«Se acontecer alguma coisa, não é nada comigo!»

http://www.europapress.es/salud/noticia-dos-menores-valencianas-afectadas-vacuna-vph-uci-20090225123928.html

É carnaval e ninguém leva a mal!

Anónimo disse...

O malhão, malhão
Que vida é a tua
O malhão, malhão
Que vida é a tua
Comer e beber, ó pirim-pim-pim
Passear nas ILHAS
Comer e beber, ó pirim-pim-pim
Passear nas ILHAS

O Mallhão é...? Alguém adivinha?