terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Prémio "Foi para isto que fizemos Abril?"

Greve de funcionárias pode comprometer limpeza do hospital
Regional | 2009-02-10 13:03
Desde da meia de terça-feira que o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada está apenas com os serviços míninos de limpeza assegurados.

Em causa está uma greve de 48 horas de mais de meia centena de trabalhadoras da empresa ISS Facility Services que reivindicam a reintegração no quadro de cinco funcionárias que foram recentemente despedidas, o que tudo indica, na sequência de processos disciplinares movidos a propósito da adesão a uma paralisação em Setembro do ano passado e, consequentemente, alegado incumprimento dos serviços mínimos. Lucinda Sousa, um das trabalhadores que espera regressar ao trabalho diz-se revolta por ter sido penalizado quando apenas exercício um direito que lhe cabia: o direito à greve. Carla Medeiros também não se conforma com o despedimento. “Fomos chamadas doze para assegurar os serviços mínimos no dia da greve mas dessas 12 só cinco foram despedidas”, relata. “Na ocasião ainda nos disseram que as consequências da nossa atitude iam chegar a casa. E chegou! No dia 5 de Janeiro recebemos uma carta a dizer que a partir daí estávamos despedidas. Nem nos deram um ou dois meses para procurar emprega”, acrescenta Carla, alegando que isso implicou um grande “abalo” na economia familiar. (...) Para além disso, de acordo com os serviços jurídicos do STAD os referidos despedimentos são ilegais.“Devia ter sido convocado o Conselho Arbitral para determinar - visto que isto é uma prestação de serviço a terceiros- o que são os serviços mínimos de uma empresa como é a ISS”, defende Paulo Marques. (...) “Se tivermos em conta que de uma média de cerca de 70 trabalhadores estão somente 11 a cumprir serviços mínimos, é lógico não haverá uma limpeza necessária do hospital”, alerta Paulo Marques.

Luísa Couto

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